Boris Castro é Advogado, Jornalista, Consultor da Fazenda e Vice Presidente da AFPES
Desde os velhos tempos, as páginas da história nos mostram registros vergonhosos de corrupção, principalmente, dos políticos que deveriam dar exemplo porque têm o dever, de ofício, de nos representar à altura nas Cortes e Casas de Leis.
Triste e lamentável é que raramente são punidos e nunca devolvem o fruto de suas falcatruas, como se este dever fosse, exclusivamente, para o pobre e ladrão de galinha. “Todos são iguais perante a Lei” ??.
Diante desta vitrine de impunidades, o que dizer à sociedade que vive de salário e trabalho sério e honesto e, notadamente, a esta garotada que cresce ávida de um amanhã promissor, protestando as declaradas mazelas.
O Brasil é uma Pátria linda, rica de tudo que muitos países não têm, oxigena sua gente com amor e tolerância, tornando-a ordeira e pacífica, não pode receber os respingos da lama da impunidade que gera conflitos com a honestidade, dando aos corruptos um certificado e diploma de doutorado na difícil arte de enriquecer, enganando o País e seus eleitores.
Em recente pronunciamento no STF, o competente Ministro Presidente Joaquim Barbosa, parodiando, com outras palavras, o que disse o notável Rui Barbosa, desabafou :
“Somos o único caso de democracia no mundo em que condenados por corrupção, legislam contra os Juízes que os condenaram. Somos o único caso de democracia no mundo, em que as decisões do Supremo Tribunal podem ser mudadas por condenados. Somos o único caso de democracia no mundo, em que deputados, após condenados, assumem cargos e afrontam o Judiciário. Somos o único caso de democracia no mundo, em que é possível que, condenados, façam seus habeas corpus, ou legislem para mudar a Lei e serem libertos”
Faltou ao Estadista acrescentar que aqui, os corruptos são presos e conduzidos à prisão em jatinhos, com despesas que nos são debitadas. pagamos.
Que escolhem empregos, cadeias próximas de suas residências, adoecem somente quando são flagrados e respondem pelos crimes em prisões domiciliares e riem dos demais brasileiros que são algemados, torturados, presos em fétidas celas pela prática de pequenos furtos, etc.
Um dia a história terá vergonha destes registros.