Boris Castro [*]
Entra Governo, sai Governo e a saúde do povo brasileiro continua na UTI fraca, debilitada, em estado terminal.
Promessas enganosas dos políticos nas campanhas eleitorais, são meras palavras que o vento leva, ficando esquecidas no silêncio do tempo.
Intermináveis filas nos hospitais, nos P.A., nos Ambulatórios, cirurgias que somente são feitas através de ações judiciais, planos recusando atendimentos, remédios para doenças especiais faltando nos estoques, dezenas de enfermos respirando contaminação nos corredores, no chão, nas macas improvisadas por falta de leito.
Triste é ver crianças e idosos necessitando de assistência médica, retornando às suas casas sem atendimento, como se a vida fosse um brinquedo que se compra na esquina da rua.
O que falta é coragem de nossas autoridades ANS, Ministério da Saúde e SUS corrigir os absurdos e açoitar os vendilhões do Templo, para que este lindo e promissor país, contaminado por determinada casta que o envergonha, devolva ao povo o brasão da conquista à vida que a maioria dos planos de saúde vem negando.
Em recente pesquisa publicada pela ONU – Organização das Nações Unidas, constatou que o Brasil tem o pior índice de atendimento médico paciente e a culpa não é somente do médico (que ganha mal por consulta) e precisa trabalhar em vários locais para sobreviver com dignidade.
Em Presidente Prudente 3.000 (três mil) doentes esperam por cirurgias há tempos; o Governo de Minas joga no ralo R$ 12.000,000,00 (doze milhões) de reais para pagamento de diárias de políticos sem necessidade de prestação de contas; Municípios brasileiros gastam milhões de reais patrocinando cursos, sem comprovantes de suas realizações; gasta-se bilhões de reais em estádios, carnaval etc..
No Congresso políticos foram flagrados recebendo “propinas” câmeras registram Governadores recebendo maços de dinheiro; os recursos do famigerado CPMF seguiram caminhos tortuosos e milhões e milhões são destinados à BOLSA FAMÍLIA , cartão corporativo etc. etc. e etc..
Os “representantes” do povo em seus luxuosos gabinetes, tem à sua disposição confortáveis consultórios médicos, odontológicos, médicos qualificados à qualquer hora ou tempo. Por isto não têm tempo para lembrar das promessas feitas antes das eleições.
Enquanto isto a saúde de mais 70% de trabalhadores que não podem pagar bons planos, naufraga pedindo desesperadamente por socorro, muitos deles morrem, desumanamente, aguardando assistência médica e hospitalar que nem sempre chegam.
Diante deste quadro desolador, só resta encomendar a saúde pública a DEUS, DOUTOR DOS DOUTORES e único a salvar o povo brasileiro, que paga a conta.
[*] Boris Castro é Jornalista, Advogado, Consultor da Fazenda, Conselheiro da AEI e Vice-Presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo.