Novela – Sexo, Droga e Traição

Boris Castro

Boris Castro


Dr. Boris Castro é advogado, jornalista, consultor do Tesouro Estadual, diretor da AEI e vice presidente da AFPES

A Televisão brasileira, notadamente a TV Globo, tem projetado nos horários nobres, um verdadeiro banho de pouca vergonha nas novelas, exibindo cenas de sexo, quase explícito que, se fosse há uns anos atrás, a censura fecharia a Emissora e prenderia seus Diretores.

Diferente do teatro, a TV entra em nossas casas sem pedir permissão e, sem cerimônia, apresenta em seu bojo um monte de porcarias, cabendo ao telespectador o direito de escolher o melhor, “expulsando” da tela, tudo que for contrário a moral e a decência.

Não sou tão moralista assim, mas é muito desagradável estar em família com filhos e netos e ver os personagens se abraçando, se devorando em beijos, tirando as roupas na volúpia do desejo, gemendo, com movimentos claros de intimidade corpórea, sem se falar nos péssimos exemplos ensinando a roubar, a trair, planejar mortes, etc. É uma vergonha a apelação.

Há pouco tempo, um amigo contava que seu filho de 4 (quatro), por acaso, assistiu parte de uma novela e, inocentemente, perguntou a mãe se eles estavam brigando.

Por isto a família está sucumbindo e raros são os casamentos que duram, por falta de tolerância, amor, compreensão, fidelidade, etc.

Muito em breve não haverá mais casamentos como dos nossos pais e avós e serão vistos como “coisas” do passado e cafonas.

Tenho pena desta safra perdida de jovens que desconhecem a flagrância angelical do amor fraterno, da presença de um pai, da orientação religiosa, etc.

Sei que evoluímos, que os jovens de hoje dominam a ciência da computação, da tecnologia dos computadores, celulares, etc., tão modernos e sofisticados, que nos tornam incapazes de compreende-los, mas continuam crianças.

Está na hora do Governo, a exemplo do que eu vi nos Estados Unidos, Europa e Canadá, fiscalizar o que as emissoras transmitem, principalmente, nos horários nobres, quando estão reunidos filhos, pais, avós na sala, tornando-se extremamente constrangedor as cenas envolvendo tudo que deveria fazer parte de DVDs particulares.

Ainda há tempo de salvar a, quase extinta, família dos tentáculos da falta de respeito, da imoralidade, da violência e da perdição.

O lastro familiar, a exemplo do outras épocas, será sempre a mola propulsora da oxigenação da célula que nutre a sociedade e a vida.

Sem ela não haverá amanhã.