O mais antigo espaço público dedicado exclusivamente às artes visuais do Estado está completando 39 anos de existência. Abrigada na Cidade Alta, Centro Histórico de Vitória, a Galeria Homero Massena (GHM) está com uma extensa programação para celebrar seus quase 40 anos e toda essa história está em destaque na nova edição do Caderno D, revista de Cultura do Diário Oficial do Espírito Santo.
A edição, que circula nesta segunda-feira (28), com toda a trajetória da Galeria, que abriu caminhos para grandes nomes como Ana De Sena, Sebastião Salgado, Benevento, Hilal Sami Hilal, Julio Schimidt, Irineu Ribeiro, Paulo Bonino, Paulo Campinho, entre tantos outros.
Nestes quase 40 anos, a GHM acabou absorvendo a guarda de coleções formadas a partir das exposições apresentadas ao público desde a abertura, em 1977, e do patrimônio agregado de outros espaços. São obras que participaram de mostras organizadas pela Fundação Cultural do Espírito Santo (FCES), na Galeria Levino Fanzeres, no período de 1973 a 1983, que funcionava nas dependências do Theatro Carlos Gomes, e o legado das realizadas no período de 1986 a 1992, na extinta Galeria Álvaro Conde, que funcionou na sede da então Secretaria de Estado da Educação e Cultura.
Atualmente, além da abertura de caminhos aos novos artistas capixabas, o foco da Galeria também está voltado para a formação de público para as artes visuais. Os editais lançados anualmente pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) garantem o acesso dos jovens artistas locais ao espaço e às exposições. Há também uma parceria com as escolas para o desenvolvimento de um trabalho educativo com alunos que, após a visita, acabam retornando ao espaço com os familiares espontaneamente.
Mas as novidades da nova edição do Caderno D não param por aí. Os estudantes da Unidade Municipal de Ensino Fundamental (Umef) Guilherme Santos, localizada em Santa Inês, Vila Velha, também ditam o ritmo da publicação com os detalhes do longa “Do Blues ao Tamborzão – a Construção do Funk Carioca”.
Idealizado pelo professor de Tecnologias Educacionais da unidade, Paulo Cesar Silveira das Neves, o filme foi produzido pelos próprios alunos com o objetivo de desmistificar o gênero musical. O longa foi lançado no início deste ano e está sendo apresentado em sessões especiais para toda comunidade escolar. Os interessados também podem conferir o resultado do trabalho no Youtube.
O Caderno D traz ainda um bate papo sobre literatura com o biólogo Piero Ruschi, filho do ambientalista Augusto Ruschi; e um artigo sobre a Democratização do acesso à cultura, produzido por Anna Saiter, mestre em Memória Social e Gerente do Sistema Estadual de Cultura da Secult.