Luiz Buaiz – Artigo de Stelio Dias, Presidente da AEI

Stelio Dias
Stelio Dias é Presidente da AEI

 

O dia 29 de agosto de 2011 seria dia como outro qualquer se Dr. Luiz não tivesse nascido noventa anos atrás.

Um dia qualquer de agosto se a Capela do Colégio do Carmo não abrigasse a família de Dr. Luiz e seus amigos para abraçá-lo e ouvir uma homilia cristã baseada nas palavras do Evangelho segundo o Apostolo São Mateus, tão própria para o momento.

Tão própria e coincidente para toda uma vida dedicada ao próximo.

Próximo este que Dr. Luiz não identifica. Pode ser um familiar, um amigo, um desconhecido, um rico ou um miserável. Dr. Luiz identifica o amor em primeiro lugar. O próximo como a razão de ser desse amor.

Uma homilia, no ato, pregada pelo Pe. Ayrola que, como Dr. Luiz, dedica sua vida a uma causa a uma missão. Ambos, Pe. Ayrola e Dr. Luiz, pregando e construindo. Sempre próximos do próximo.

Ambos, Pe. Airola e Dr. Luiz, iluminadamente vocacionados para o sagrado mandamento da Lei de Deus de Amar o Próximo como a si mesmo.

Foi uma rara ocasião. Na missa de Ação de Graças do Dr. Luiz tinha o essencial de sua vida. Pessoas simples, família, e principalmente os amigos. Não houve solenidade, discursos, palavras vazias. Tudo tinha um significado.

Ali, no colégio do Carmo, a família tinha um significado: o do seu pai imigrante que chegou a Ilha, mais sobrevivendo do que chegando; o dos amigos; o do seu tempo, o de sua vida e o das pessoas simples presentes trazendo a gratidão pelo amor recebido sem que Dr. Luiz nunca e nada pedisse em troca.

O Padre Airola abençoou e se sentiu abençoado. Abençoado por quem como medico teve tudo para usufruir da profissão e preferiu criar e dirigir uma instituição como o Conselho Profissional de Medicina que desse a dignidade e vida a todos que chegassem depois dele.

O Padre Airola abençoou e se sentiu abençoado. Abençoado por quem teve olhos para viver o poder político e econômico da época e ao invés de criar um hospital particular, uma clinica ou um seguro saúde, optou por dirigir a Santa Casa de Misericórdia por mais de dez anos. Só praticando o bem.

O Padre Airola abençoou e se sentiu abençoado. Abençoado por quem criou e foi dirigir o Instituto Luis Braille do Espírito Santo.

O Padre Airola abençoou e se sentiu abençoado. Abençoado por quem exerceu cargos públicos e mandatos eletivos com o mesmo espírito ético de humildade e humanidade.

Por tudo que realizou Luis Buaiz não precisará de praças, ruas, avenidas e escolas para ser lembrado. Sua vocação de servir será sempre maior e seus amigos nunca permitirão que o sentimento de gratidão envelheça e desapareça.

Nas suas peregrinações de visitas e presenças publicas nunca esqueceu da Associação Espírito-santense de Imprensa onde fez questão de estar com os amigos da AEI dando sua colaboração, participando de maneira atenta e ativa.

Dr. Luis e obrigado pela sua existência.

Stelio Dias – Presidente da Associação Espírito-Santense de Imprensa AEI

Este artigo foi publicado em setembro de 2011 e agora reproduzido pelo AEI NEWS, como reconhecimento e gratidão pela atuação do Dr. Luis nos destinos da AEI.